
O último dia do TechFest 2025 foi marcado por um dos momentos mais intensos e emocionantes de toda a programação: a Batalha do Capibaribe, realizada na Praça São Sebastião.
Integrando a ação especial “A Voz das Periferias: Batalhas de Rap e Poesia”, a apresentação foi muito mais do que uma competição de rimas — foi um verdadeiro ato de expressão coletiva, arte viva e pensamento crítico. Desde cedo, o stand dos MCs Mano EK, WZ, PH e Nandinho chamou a atenção do público. Entre um verso e outro, os artistas ensaiavam, improvisavam e convidavam quem passava a se aproximar.
O espaço se transformou em um ponto de encontro vibrante, onde o rap se misturava com sorrisos, conversas e troca de ideias. Foi bonito ver o quanto essa interação espontânea atraiu jovens, crianças e adultos, todos curiosos e encantados com o talento e a escuta ativa dos meninos.
À noite, a energia tomou conta do palco principal. As batalhas de rap, tão esperadas, aconteceram sob aplausos entusiasmados. Com o tema “Tecnologia e sua função social”, os MCs mostraram que rima também é ferramenta de reflexão. Em cada verso, surgiram críticas às desigualdades, denúncias sociais, sonhos de mudança e visões sobre o papel da inovação nas periferias.
Foi uma verdadeira aula pública de cidadania poética, conduzida por jovens que conhecem de perto as potências e os desafios de seus territórios. Além das batalhas, a programação contou com recitais de poesia e pocket shows que ampliaram ainda mais o alcance da arte na praça.
As performances emocionaram, levantaram discussões e fortaleceram vínculos com o público presente — que não apenas assistiu, mas participou com atenção e respeito. Para a Conexão Social, momentos como esse reafirmam a essência do TechFest: um espaço onde juventudes são protagonistas, onde tecnologia se alia à cultura e onde escutar é tão importante quanto ensinar.
A Batalha do Capibaribe mostrou que promover inclusão e transformação social também passa por dar palco, voz e visibilidade a quem, muitas vezes, é silenciado. Incluir essa ação no festival foi mais do que simbólico — foi necessário. Porque quando a palavra encontra o público certo, ela ganha força, ecoa e transforma. E no TechFest 2025, ela fez exatamente isso: tocou fundo e deixou sua marca.